quinta-feira, 11 de março de 2010

Futuro do Varejo para 2010

Este ano vai ser marcado fundamentalmente por três tendências:
• uma maior aposta no comércio e na promoção através da Internet;
• mais aquisições por parte dos varejistas em mercados emergentes;
• o abrandamento do consumo de varejo nos países mais desenvolvidos.

Um novo relatório publicado pela Deloitte Touche Tohmatsu, intitulado "2010 Global Powers of Retailing”, descreve algumas das principais tendências do varejo para 2010. Três das principais previsões são detalhadas abaixo.

1ª. A maioria dos varejistas ainda tem de fazer uma maior aposta online, à medida que aumenta o impacto dos sites de redes sociais
O varejo multicanal continua a crescer, à medida que mais empresas desenvolvem a sua capacidade de comércio eletrônico. No entanto, as vendas online ainda representam uma pequena percentagem do total, correspondendo a 6,6% das vendas para os 100 principais varejistas de todo o mundo.

«A Internet vai representar um desafio crescente e uma oportunidade para o varejo na próxima década», afirma Ira Kalish, director de negócios para o consumidor na Deloitte Research, nos EUA. «Os varejistas precisam de assegurar que a sua estratégia multicanal está bem posicionada para capitalizar com os consumidores internautas. Em segundo lugar, observamos que os varejistas começam a lançar campanhas de marketing online, oferecendo promoções ou descontos através do seu site ou de suas redes sociais», prossegue Kalish.

«As redes sociais vão aumentar a transparência no varejo, proporcionando aos consumidores maior acesso à informação sobre os varejistas, os seus produtos e preços. Isto tem o potencial de minar as margens, diminuindo os preços ao nível dos vendedores mais desesperados. Existem também grandes oportunidades, como novos pontos de contato para os varejistas se comunicarem com os seus clientes», explica o diretor de negócios para o consumidor na Deloitte Research nos EUA.

2ª. Varejistas dos mercados emergentes preparam-se para captar atores estabelecidos
«Muitos varejistas dos mercados emergentes estão rapidamente se tornando atores de classe mundial, por direito próprio», refere Kalish. «Não estão apenas bem equipados para competir com os gigantes mundiais nos seus mercados domésticos, alguns estão também se tornando competitivos em outros mercados. O próximo passo são os investimentos em mercados desenvolvidos e isso já começa a acontecer. Estes são os atores tipicamente especializados, em vez dos varejistas de produtos alimentares ou de produtos em massa», prossegue.

3ª. O crescimento global retrocede, mas o reequilíbrio econômico está acontecendo
«Os países que se endividaram para financiar o consumo excessivo podem ter um crescimento mais lento na despesa do consumidor, à medida que as famílias lutam para equilibrar as suas contas», revela Kalish. «Uma grande parte do crescimento econômico destes países será impulsionada pelas exportações, investimento das empresas e gastos do governo. Por outro lado, os países cujo crescimento foi alimentado pelas exportações para países com empréstimos já não poderão depender desses mercados e vão provavelmente passar de um crescimento orientado para a exportação para um crescimento impulsionado pelo consumo interno», acrescenta.

«O crescimento da despesa no varejo em mercados como os EUA e o Reino Unido será provavelmente mais lento durante a próxima década, com a maior parte do crescimento ocorrendo nos países com grandes receitas, especialmente os grandes mercados emergentes», conclui Kalish.

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